Música do dia:
Em especial o Pod Trash muito bem humorado sobre os meandros da cena hellcityana, eis o primeiro bloco do Pod Trash Hell City, só clicar aqui.
“Sabe da minha origem? Hã! Da onde eu venho?”
Continuando…
Então entro pra banda Lazy Moon aos 15 anos. Geralmente ensaiávamos na casa da batera, Juliana. Várias foram as tarde que passávamos ensaiando, porém não foi o suficiente pra eu conseguir me enturmar com o grupo, muito menos com o estilo musical… “2 guitarras e nenhuma com distorção?” Isso pra mim era a gota d’água.
Não me estimulava com o grupo, com as músicas, com nada, principalmente pela soberania que a vocal, na época a Sarah, tinha em impor opinião. Era um saco. Sai tretada com as minas e o episódio final dessa história inesquecível foi durante o oitavo ato, noite com Forgotten Boys, evento que entupiu a Galera do Pádua. Éramos a primeira banda e como todas as noite costumavam começar depois do horário marcado, adivinha quem atrasou? A baixista, no caso até então, eu. Foi ridículo, saí correndo pra plugar o cabo no meio da terceira musica, sem falar que putos com a situação, mandaram encerrar o show antes do horário. No final das contas toquei 1 musica e meia e só ficou Sarah lá berrando no microfone “estão nos censurando!”. O melhor de tudo é que nessa época o blog do cubo era bem guerrilha e os comentários nos posts bombava horrores, só dava elas e eu postando cometários ridículos como: “nos eternamente estaremos unidas”, e Lenissa respondendo com a maior ironia do mundo! Rsrs. Parando pra pensar, olha aonde eu to agora… Foram apenas 3 meses de experiência.
Enfim, depois disso me inverno na igreja onde passo quase dois anos de segunda a segunda, sem contato com bandas, cena e nada. Só com música gospel e tocando em igreja. Aí, como lá geralmente não encontrava o rock para satisfazer minha ansiedade no contra-baixo, monto uma banda com os Camilots Luku e Teca, a namorada do Luku e meu irmão. Tocávamos versões de musicas antigas, criávamos outros tempos e batidas, exemplo aquela, “Eternal Flame” rs. Essa banda, (que nem teve nome por sinal) não durou mais que uma apresentação, em uma das edições da festa Relaxa, apresentação esta horrível diga-se de passagem.
Então numa fase hardcore melódico (emo, vai…) curtindo bandas na época desconhecidas como My Chemical Romance (mas não Helena), Fresno e coisas do tipo monto uma banda com Freak na batera (aquele que era do Subdivision), Definho na guitarra (atual baixista do Vitrolas Polifônicas), uma loca aí Rhyana no vocal e eu no baixo. Mas uma banda que nem nome teve, e que pior (pensando bem, talvez melhor), nem uma apresentação tosqueira pra guardar na memória.
Em seguida, aos 16, começo a namorar com o guitarrista da extinta banda High School, Marcos Kaqui… Típica namoradinha de cara de banda vou ao Festival Calango (2005 – inesquecível na UFMT) e fico embasbacada com aquilo tudo, foderoso! Aí numa tarde qualquer venho no Cubo dizendo “ah, quero trabalhar nas vans das bandas no próximo festival!”, pouco pretensiosa, não? É ai que conheço a Marielle Ramires, o extinto Empório da Notícia, Ney Hugo e começo aos poucos a conhecer esse mundo mágico em qual hoje vivo. Próximo capítulo tem mais.
Encubada: o dia de um agente cubista
Capítulo II
Trabalhando em algo novo, mas em prol da mesma coisa!
Em menos de uma semana muita coisa acontece… Depois da visita na CVC fizemos mais três outras, uma delas para renovar a parceria que já existia: KG, restaurante por quilo que sempre está presente nos nossos maiores projetos, Mega Som que levamos a proposta que está sendo estudada por Guilherme e que em quinze dias voltamos a nos reunir para conversar sobre decisão, e com o Seivas, Centro de maturidade, um novo conceito de descobertas de talentos.
Mas não é apenas novas entidades que estão sendo agregadas no lastro da moeda complementar, bandas andaram se reunindo aqui para que fosse apresentado a elas o novo setor do Espaço Cubo, o Negócios ao Cubo. Contratos que ainda não haviam sido oficializados, pagamentos de direito de imagem pendentes e outras questões relacionadas foram debatidas com as bandas: Aoxin, Snorks, Strauss, N3CR, Self Help, Rhox, Inimitáveis e Anhangá.
Outras coisas que estamos correndo nesse departamento são com as inscrições de projetos em editais da secretaria estadual de cultura, o PROAC. Além do Festival Calango 2009, estamos inscrevendo no projeto de Mídias Livres o Portal Fora do Eixo e auxiliando outros grupos na inscrição de seus projetos, como é o caso do 2 loco Tatto, estúdio de tatuagem integrado ao sistema de crédito Cubo Card (projeto Body Art Tattoo) e a banda Aoxin que estão se inscrevendo para a lei de incentivo a circulação de bandas. Esses últimos três dias estão sendo uma correria pra coloca todo essa documentação no jeito! Orçamento de hospedagem, alimentação, sonorização, vans, passagem, gráfica, empresa de camiseta… já começou o Festival Calango 2009… rs.
ps. Esses dias (20) foi meu aniversário e comemoramos (adivinha aonde?) no Misc (claro!) com pizzas, coca e sushi! Mas essa nem foi a melhor parte da festa… Ter tido a oportunidade de ver minha mãe conversando com Pablo, Marielle e Lenissa sobre o que mais gosto de fazer (estar no Cubo) foi absolutamente o melhor presente que eu poderia ter recebido nesse dia que completei duas décadas de existência. Sabe, todo pai e mãe tem muita dificuldade e resistência em ver seu filho adentrando ao mercado alternativa que esta surgindo, porque?
1) Como acabei de dizer é novo, e buscar sustentabilidade num mercado que está sendo iniciado é muito difícil, mas nem é isso que eles enxergam, é mais isso: filho bem sucedido é aquele que escolhe uma profissão formal no mercado, recebe muita grana, casa, tem filho e sustenta seus filhos, (urght) o que por acaso do destino não foram os valores que foram-me concedidos.
2) Despendemos muito mais tempo de nossas vidas para o trabalho escolhendo esse caminho do que se fosse no mercado formal, afinal pra escolhe-lo tem que realmente gostar! Aqui não é trabalho de 8 as 6, é da hora que vc acorda até a hora que vai dormir… As vezes dorme pouco, as vezes não dorme, é que a diversão e o trabalho estão muito ligado, bota fé? Aí é que meu tempo com a família diminui sensivelmente e é mais uma coisa que incomoda nos pais.
Mas enfim, o meu aniversário foi um momento oportuno e inigualável pra cada vez mais minha família entender que é isso que eu quero pra minha vida, toda ela.
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Lembrando que sexta tem Rock Art, evento no Sukatta Pub com as bandas Rhox e Aoxin.
Nos vemos lá!